Tá. O outono chegou, e daí? O dia de sábado começou bonito e, mesmo que, ao longo do tempo algumas nuvens surgissem, ele merecia um look todo florido.
Então, tratei de colocar um vestido floral que ganhei da minha mãe. É impressionante como as mães podem acertar em 100% o nosso gosto, né? Quando vi a peça com uma estampa toda colorida e alegre, não tive dúvidas que tinha tudo a ver comigo.
Além das flores, outra coisa legal desse vestido é que ele é super leve e confortável. Perfeito para aqueles dias em que a gente quer ficar arrumadinha, mas sem esforço.
Esse look foi usado para ir a uma sessão de fotos do Pluriblogs, coletivo de blogs mineiros do qual eu faço parte. Depois vou contar tuuudo para vocês sobre isso! Aguardem!
Fui de: Vestido Liza Modas; Bolsa Arezzo; Sandália Constance
ComenteQuem me conhece bem sabe que sou uma defensora da mulher na sociedade. Sempre que vejo algo preconceituoso ou que não respeita os direitos femininos, fico indignada e tento argumentar ou divulgar o fato para que mais pessoas fiquem atentas.
Ao ver o resultado da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizada no período de maio e junho de 2013 em 212 municípios brasileiros, fiquei com um pouco de vergonha de ser brasileira.
Como se não bastasse o nosso salário ainda ser menor do que o dos homens para executar as mesmas funções em algumas áreas, termos que lutar para ter direito ao estudo, morarmos em um mundo que ainda nos vê como objeto sexual, ainda temos que usar “burca” pra não sermos estupradas. Afinal, para 65%, mulher de roupa curta merece ser atacada.
Quando é que as pessoas vão entender que cada pessoa é dona do seu próprio corpo? A mulher pode estar nua que, ainda assim não é motivo para atacá-la e abusar dela sexualmente.
Somos animais RACIONAIS e sabemos muito bem o que é certo e o que é errado. Nada justifica fazer algo contra a vontade de uma pessoa só por causa do modo como ela se veste. Ou vocês já viram um homem sem camisa passar numa rua escura e ser “abusado” por uma mulher? Pode até ter acontecido, mas é algo raríssimo!
E essa desvalorização e desrespeito com o ser feminino não parte daí não! Isso começa desde a hora em que você acha normal uma pessoa divulgar um vídeo da ex na hora do sexo (e ainda ouço argumentos assim: “a errada é ela” de ter sido filmada), você mesmo passa pra frente imagens e vídeos do tipo, curte mexer com mulheres na rua, acha ok que um homem se aproveite de uma garota no ônibus ou no metrô ou considere um absurdo ter espaços próprios para a mulher em ambientes públicos.
Sabe, eu também acho um absurdo termos que usar espaços específicos para o público feminino. Num mundo ideal a gente poderia sair de casa com short ou saia sem se preocupar em ser estuprada ali na esquina, em ter que atravessar a rua para não passar na frente de um bar cheio de homens, em pegar um transporte público sem ter que se espremer nos cantinhos para que alguém não fique encostando propositalmente.
Falo com propriedade, pois, graças a Deus, não sofri com estupro, mas já andei na rua para ir pra faculdade e um cara simplesmente meteu a mão no meu peito e saiu correndo, já ganhei um selinho na balada contra a minha vontade, já vi um outro homem se encostando numa menina no ônibus e alertei, já me irritei profundamente com coisas que ouvi nos caminhos em que passei.
Quer saber o que eu senti na hora que esses fatos aconteceram? NOJO! Um sentimento ruim que tomou conta de mim e que me levou a ficar ora paralisada, ora indignada.
Então, quando li essa pesquisa e vi que homens e o pior, mulheres, responderam dessa forma me deu nojo novamente.
Eu espero de verdade que, você que está lendo tenha uma opinião diferente. E, se não tiver, reflita! Não é justo que um homem tenha “o apoio” dessa quantidade de pessoas para estuprar uma mulher só porque a roupa dela é curta.
Sabe a ‘neura da limpeza’? Às vezes sofremos com a ‘neura da beleza’. Referente à nossa aparência, claro.
Que atire a primeira pedra quem nunca ficou super preocupada com o que as pessoas iam pensar da sua produção em um evento! A gente fica neurada com os mínimos detalhes. É um frizz no cabelo, um roxo no joelho, um brinco dourado que não combina com os outros acessórios…
O que nós esquecemos é que, muitas vezes as pessoas estão tão, mas tão preocupadas com elas mesmas que mal vão reparar nesses itens mínimos no seu visual.
E pensar que essas preocupações já fizeram tanta gente desistir de ir em alguma festa, de tirar fotos para guardar de lembrança, ou mesmo, de aproveitar o momento porque estavam incomodadas demais para curtir.
Sabe o que as pessoas realmente notam? O seu sorriso aberto, o seu brilho nos olhos, o jeito com que as trata, o abraço caloroso que deixa um cheirinho bom… O resto faz diferença sim. Não serei hipócrita de dizer que ninguém repara na nossa aparência. Todo mundo olha. Isso é natural do ser humano. E é claro que alguns têm aquela mania chata de olhar de cima a baixo. Mas, quer saber? No fundo, quem percebe os defeitinhos é só a gente.
Nós estamos na nossa pele 24 horas, 07 dias da semana, desde um momento chamado sempre. Por isso temos tempo suficiente para reparar tudo o que há de errado! Vemos imperfeição até onde não há. Aí, a gente, “muito esperta”, comenta com um e com o outro: “ah, meu cabelo não tá bom”, “nem tive tempo de fazer as unhas”, acredita que esse vestido é velho?”. O que acontece? As pessoas que nem tinham notado nada de errado vão começar a reparar. Sabe como isso se chama? Autossabotagem!
Então, da próxima vez que for sair de casa e estiver com vontade de enfiar a cabeça na terra igual um avestruz, lembre-se disso: o ser humano é egoísta (é sim!) e estará mais voltado para a sua própria aparência do que para a dos outros.
Se arrume. Fique linda. Tire fotos. Agradeça pelos elogios que recebe. E esqueça daquilo que ninguém percebe, só você.
A vida é curta demais pra gente se preocupar com coisas mínimas. E, no final, o que vale é ter experiências pra contar.
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